quinta-feira, 10 de março de 2011

NOSSAS DORES



         Nossas dores podem ser terrivelmente pungentes, mas nunca são estéreis ou inúteis. Elas são produtos resultantes de nossos comportamentos destrutivos de um passado recente ou distante.
         Acontecimentos vividos em eras longínquas refletem consequências aflitivas na existência atual, não por isso é necessário deixar que essas dores façam morada permanente em nossa vida.  É importante vê-las como situações passageiras, não precisamos ser cativos da amargura ou do desgosto.
         Deserções de amigos, solidão afetiva, suicídios passionais, fraudes e apropriação indébita de toda ordem, enfim, uma variedade imensa de atos delituosos importunam nosso mundo mental, proporcionando-nos desde os estados íntimos de desequilíbrios mais graves até as mais simples angústias e ansiedades..
         O passado reflete invariavelmente em nosso ânimo de viver, na disposição para o trabalho, no anseio para amar, na predisposição para produzir e criar, dando-nos em cada área da vida as respostas concernentes às nossas atitudes do ontem.
        No entanto, não soframos, achando-nos irremediavelmente perdidos nas labutas que nos atormentam. Onde há fé, tudo é esperança.
       Chega a hora da renovação. Chega a hora de dizer basta à dor. Chega a hora de se mover e de quebrar os elos da opressão.
        Em contrapartida com a chegada da renovação também aparece o desânimo de não quebrar os grilhões da tristeza. Acreditamos nos sentir mais seguros e confortáveis se ficarmos quietos em nosso ninho comodista.
        Mas, de qualquer maneira, comecemos a fazer força para testar a voadura, exercitar as asas. Tentar deixar o vento inspirar-nos para alçarmos altos voos.
       Desligue-se da desventura, jamais pense: “não posso, o esforço é demasiado”; mas faça-o de qualquer jeito. Peça auxílio aos amigos; busque socorro médico; escreva e componha sem nenhuma pretensão; dedique-se ao altruísmo; faça algo que evoque coisas boas.
       Nossas dores são nossas próprias criações e elaborações.            
       Disse-nos Jesus: “Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível”. *
      Nele tudo é esperança, onde há renovação e transformação tudo será possível.   

                                                                                                             
                        
    
Ivan de Albuquerque

* (Mateus 17:20)
(Mensagem recebida pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto, em reunião pública da Sociedade Espírita Boa Nova, na noite de 14/12/88).

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